Mortos podem chegar a 20 mil na Líbia após enchentes

As autoridades líbias receiam que mortos podem chegar a 20 mil após inundações. As populações das regiões afetadas pelas inundações na Líbia continuam a procurar os milhares de desaparecidos.

E as equipes de resgate pedem mais embalagens para transportar os corpos. Nessa quarta-feira, as autoridades indicavam que o número de mortos era de cerca de 5 mil. Mas as estimativas indicam que as vítimas podem chegar até a 20 mil.

As autoridades locais admitem que há a possibilidade de terem morrido aproximadamente 20 mil pessoas na sequência das inundações que assolaram o Leste do país no domingo (10). A informação foi dada pelo prefeito da cidade de Derna à emissora da TV saudita Al Arabiya, considerando as localidades que foram destruídas pelas cheias após o desabamento de duas barragens na noite de domingo.

Ainda não há confirmação de quantas pessoas estão desaparecidas nos escombros ou no mar e as autoridades temem ainda o risco de doenças.

Os dois governos rivais da Líbia – o de Unidade Nacional, reconhecido internacionalmente, e o do Leste do país – têm feito esforços para dar resposta à situação que o país enfrenta e apelado à ajuda internacional, que tem aumentado nos últimos dias.

Nas regiões mais afetadas estão equipes de resgate do Egito, da Turquia e do Catar.

“Na verdade, precisamos de equipes especializadas na recuperação de corpos”, disse o presidente da Câmara de Derna, Abdulmenam al-Ghaithi, à imprensa local. “Temo que a cidade seja infectada por uma epidemia devido ao grande número de corpos sob os escombros e na água.”

Lutfi al-Misrati, responsável pelas equipes locais de resgate, disse à Al Jazeera que o governo precisa de sacos para os corpos”.

Corpos por todo lado

O chefe do Conselho Presidencial – que exerce a função de chefe de Estado – Mohamed al Manfi, declarou, nessa quarta-feira, que “a catástrofe excede a capacidade da Líbia” e insistiu na urgência da ajuda internacional, que começou a chegar progressivamente devido ao difícil acesso à região rodeada de montanhas, submersa e isolada, sem eletricidade nem telecomunicações.

A cidade costeira estava até agora inacessível por via terrestre. As chuvas torrenciais provocaram o rompimento de duas barragens, localizadas a poucos quilômetros de áreas habitadas. Com isso, 33 milhões de litros de água varreram bairros inteiros e as quatro pontes que atravessam o Rio Derna até o mar.

O ministro da Aviação Civil afirmou que o “mar está despejando constantemente dezenas de corpos” e que várias embarcações continuam a procurar cadáveres ao longo da costa.

“Os corpos estão por todo lado, dentro das casas, nas ruas, no mar. Onde quer que estejamos, encontramos homens, mulheres e crianças mortas”, disse Emad al-Falah, um trabalhador humanitário de Benghazi. “Perderam-se famílias inteiras”.

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