Após decisão do TST, GM cancela 1,2 mil demissões

Após decisão do TST, a General Motors anunciou neste sábado 4 o cancelamento das 1.245 demissões das fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes. A empresa dispensou os funcionários por telegrama.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o anúncio da suspensão acontece um dia depois do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ter rejeitado o pedido de liminar da montadora para que as demissões fossem mantidas

A empresa afirmou que vai realizar uma reunião na tarde de segunda-feira 6 com os três sindicatos. Além disso, disse que está realizando os trâmites internos para o cancelamento das demissões.

Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato da categoria, comemorou a determinação do TST. “A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram 13 dias de greve e muita união em defesa dos e empregos. Mostramos a força da nossa categoria”.

Justificativa para demissões

A montadora justifica os cortes afirmando que se devem a uma “queda nas vendas e nas exportações”, o que teria gerado a necessidade de “adequar seu quadro de empregados”.

Os trabalhadores rechaçam a alegação de “crise econômica” na GM, já que no primeiro trimestre de 2023 a empresa informou que teve crescimento de 42% em suas vendas.

Demissões ilegais

Em todas as decisões, os juízes apontaram que a GM violou os acordos coletivos de layoff, que garantiam estabilidade no emprego para todos os trabalhadores das fábricas de São José dos Campos e Mogi das Cruzes.

Os juízes também fundamentaram a decisão na falta de negociação da empresa com os sindicatos, antes das dispensas. A GM descumpriu tese do Supremo Tribunal Federal, em que toda empresa deve proceder negociação coletiva antes de realizar demissão em massa.

Greve

Os trabalhadores começaram a receber os comunicados das demissões no dia 21 de outubro, por meio de telegramas e e-mails. Foram 839 em São José dos Campos, 300 em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes.

A resposta dos metalúrgicos à arbitrariedade da GM veio em forma de greve. Nas três fábricas, as linhas de produção estão paradas desde o dia 23 e só serão retomadas depois que a empresa cumprir as decisões judiciais.

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