Deputados estaduais aprovam privatização da Sabesp

Os deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovaram, nesta quarta-feira (6), o projeto de privatização da Sabesp. Foram 62 votos a favor e um contrário. O quórum foi de 64 deputados, número que inclui também a presença do presidente da Alesp, deputado estadual André do Prado (PL-SP).

Antes da votação, houve confusão entre deputados no plenário e também entre manifestantes e a polícia nas galerias da Alesp. Em nota, o governo de São Paulo disse que a violência na sessão tentou barrar “rito democrático”.

Parlamentares da oposição deixaram o plenário por causa do gás de pimenta usado pela polícia em meio à confusão. Alguns deputados chegaram a utilizar máscaras para estar no plenário.

O que acontece agora?

Após a aprovação, o projeto segue para o chefe do Executivo, para sanção ou veto — vale lembrar que o projeto é de autoria do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em 28 de novembro, em pronunciamento durante a greve dos serviços públicos no estado, Tarcísio voltou a defender a propostas. “Não aceitar essa posição (da privatização) é não aceitar o resultado das urnas. Estamos cumprindo as promessas de campanha”, disse.

O principal objetivo do projeto é ampliar os investimentos para universalizar o saneamento básico, de acordo com informações do governo estadual. Esses recursos passariam a vir, então, do capital privado.

A previsão era de que a Sabesp investiria R$ 56 bilhões até 2033 para concretizar a meta de universalização estipulada pelo Novo Marco do Saneamento — que prevê 99% da população abastecida com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto na próxima década.

Com a privatização, a estimativa do governo é de ampliação dos investimentos para R$ 66 bilhões. A intensão é cumprir esse objetivo até 2029.

Deputados estaduais aprovam privatização da Sabesp

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